É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. [...] Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se.

Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.

Eclesiastes 4.9-12;

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem? (Mc 4.41).

Jesus descansa enquanto uma terrível tempestade ameaça a embarcação; despertado pelos discípulos assustados, repreende o vento e o mar, e o temporal se aquieta. Impressionante!

Quando criança, aprendi um cântico que resume o que muita gente entende desta leitura: “Com Cristo no barco tudo vai muito bem... e passa o temporal”.

Cresci e não tenho a menor dúvida de que Cristo está “no meu barco”. Mas mesmo assim enfrentei tempestades terríveis, e nem sempre o temporal cessou quando eu quis – e não faltou orar. Em verdade esta expectativa não resiste a uma análise mais séria, como testemunham os milhares de mártires e suas mortes trágicas, ocorridas não só apesar, mas também por causa de terem “Cristo no barco”.

A ênfase do ensino neste texto não é Jesus ter solucionado a circunstância “tempestade”, mas a pergunta: quem é este com tal poder? Não é à toa que os discípulos ficaram apavorados, não mais pelo vento e o mar, mas por estarem diante daquele com poder absoluto sobre a criação – o próprio Criador, pois é assim que este sinal identificou Jesus de Nazaré.

Se a ênfase é a solução do problema imediato, acalmada a tempestade tudo volta ao que era. Mas se compreendo que aquele que está comigo não é outro senão o Criador do Universo, deixo de precisar de alguém “de plantão” removendo cada pedra do caminho, pois sei que ao meu lado está aquele que não só me torna a colocar em pé quando caio e ameniza o sofrimento, mas que me dá um sentido maior para a caminhada – viver para quem é tudo em todos, que um dia enxugará toda lágrima e inaugurará novos céus e nova terra, onde seu poder e justiça prevalecerão para sempre.

Então, os problemas circunstanciais incomodam ainda, é verdade, mas não têm, nem terão, poder para me tirar das mãos de Jesus. - MHJ

Jesus comigo: o que mais eu preciso?

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